O tubo intestinal é excepcional. Ele forma ⅔ do sistema imunológico, tira energia de tudo que nos alimentamos e produz mais de vinte hormônios próprios.
Que tal tentarmos entendê-lo por dentro?
Então vamos nessa!
ANALOGIA
O mundo parece muito mais divertido quando vemos não apenas o que pode ser visto, mas também todo o resto. Nesse sentido, uma árvore não é uma colher. Então, em uma simplificação grosseira, nossos olhos percebem apenas a forma: um tronco reto com uma copa redonda. Sobre a forma, o olho nos diz: “colher”.
Mas debaixo da terra existem tantas raízes quantos são os galhos na parte de cima, no ar. O cérebro deveria então dizer algo como “halter”, mas não o faz. Ele recebe dos olhos a maioria dos inputs e muito raramente de uma ilustração em um livro que mostre uma árvore perfeita. Portanto, quando passa em velocidade por uma floresta faz o seguinte comentário ao ver a paisagem: “Colher, colher, colher, colher”.
ENQUANTO AS COLHERES PASSAM
Enquanto passamos “às colheradas” pela vida, perdemos coisas incríveis. Sob nossa pele está sempre acontecendo alguma coisa: fluímos, bombeamos, sugamos, comprimimos, estouramos, consertamos e reconstruímos.
Toda uma equipe de órgãos sofisticados trabalha com tanta perfeição e eficiência que, por hora, um adulto precisa de quase tanta energia quanto uma lâmpada de 100 watts. A cada segundo, os rins filtram nosso sangue, limpando-o meticulosamente – em substância, com tanta precisão quanto um filtro de café –, e, na maioria das vezes, duram a vida toda.
Nossos pulmões foram projetados de maneira tão inteligente que, na verdade, só consumimos energia quando inspiramos. A expiração acontece por si mesma. Se fôssemos transparentes, poderíamos ver como os rins são belos: no tamanho, parecem esses carrinhos de fricção, flexíveis e pulmonares.
Enquanto às vezes uma pessoa está sentada, pensando: “Ninguém gosta de mim”, seu coração está justamente fazendo o enésimo turno de 24 horas e teria toda razão de sentir-se negligenciado com esse tipo de pensamento.
Se víssemos mais do que é visível, também poderíamos assistir a aglomerados de células no abdômen transformando-se em um ser humano. Entenderíamos que nos desenvolvemos, de maneira rudimentar, a partir de três “mangueiras”.
A primeira nos percorre e dá um nó no meio. É nosso sistema de vasos sanguíneos, a partir do qual nosso coração surge como nó central dos vasos. A segunda mangueira se forma quase paralelamente em nossas costas, constituindo uma bolha que migra para a extremidade superior do corpo, onde permanece. É nosso sistema nervoso na medula espinhal, a partir da qual se desenvolve o cérebro e crescem os nervos por todo o corpo. A terceira mangueira nos percorre de cima a baixo. É o tubo intestinal.
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TUBO INTESTINAL
O tubo intestinal ordena nosso mundo interno. Forma brotos que se espalham, arqueando-se para a direita e para a esquerda. Esses brotos se transformam em nossos pulmões. Além disso. um pouquinho mais para baixo, e o tubo intestinal forma uma saliência, compondo nosso fígado. Também molda a vesícula biliar e o pâncreas. Mas a mangueira começa a ficar cada vez mais cheia de truques. Participa da construção elaborada da boca, forma o esôfago, capaz de dançar break, e um pequeno saco gástrico, para armazenar a comida por algumas horas.
Por fim, o tubo intestinal cria sua obra-prima, que acabou por dar-lhe nome: o intestino. As duas “obras-primas” das outras mangueiras – coração e cérebro – gozam de muito prestígio.
O coração é considerado fundamental para a vida, pois bombeia o sangue pelo corpo; o cérebro é admirado, pois processa incríveis estruturas de pensamento a cada segundo. Enquanto isso, o intestino, assim crê a maioria, quando muito vai parar na privada. Ou talvez esteja preso de qualquer jeito à barriga, soltando uns peidos vez por outra. Na verdade, não se sabe quais são suas capacidades especiais. Podemos dizer que o subestimamos um pouco – para falar a verdade, não apenas o subestimamos, mas também costumamos até nos envergonhar de nosso tubo intestinal. Que órgão mais constrangedor!
DESAFIO – TUBO INTESTINAL
Então, que tal competir de maneira autêntica com o mundo visível? Árvores não são colheres! E o intestino é muito interessante!
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REFERÊNCIA:
O discreto charme do intestino, Enders, G. Umfmartinsfontes, São Paulo, 2015.