Vamos entender um pouco sobre úlceras pépticas e como os probióticos podem auxiliar?
Então vamos nessa!
O QUE SÃO ÚLCERAS PÉPTICAS?
Segundo Vomero e Colpo, 2014, úlcera péptica é doença crônica caracterizada por desequilíbrio entre os fatores que danificam a mucosa e aqueles que a protegem, resultando em lesão mucosa do trato digestivo superior.
Em outras palavras, são feridas abertas que se desenvolvem no revestimento interno do esôfago, estômago e no duodeno.
- Úlceras gástricas;
- Úlceras esofágicas;
- Úlceras duodenais.
QUAIS SÃO AS CAUSAS MAIS COMUNS?
Segundo a Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina, a identificação e isolamento da Helicobacter pylori (HP) proporcionou um enorme desenvolvimento nos conhecimentos acerca da úlcera péptica.
A infecção gástrica pelo HP é hoje responsável por mais de 95% dos casos de úlcera duodenal. Assim também de 80% dos portadores de úlcera gástrica.
O uso de anti-inflamatórios constitui a segunda causa, especialmente na população mais idosa. Mais raramente, outras etiologias podem estar associadas como gastrinoma (Síndrome de Zollinger-Ellisson) e forma duodenal de doença de Crohn.
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A úlcera péptica tem causa multifatorial. Os elementos ambientais, tais como álcool e nicotina, podem inibir ou reduzir a secreção de muco e bicarbonato e o aumento da secreção ácida.
Assim também, fatores genéticos podem influenciar. Os filhos de pais com úlcera duodenal são três vezes mais propensos a ter úlcera do que a população em geral (Vomero e Colpo, 2014).
Tem sido uma das doenças mais prevalentes no mundo. E, algumas das suas complicações têm sido as principais causas da morbimortalidade a ela referida.
Além disso, A prevalência difere da população mundial entre as úlceras gástricas e duodenais. A média de idade das pessoas portadoras é entre 30 e 60 anos, mas pode acontecer em qualquer idade (Vomero e Colpo, 2014).
CUIDADOS NUTRICIONAIS
A úlcera péptica é conhecida desde a antiguidade, mas há poucos estudos inovadores em dietoterapia como tratamento para esta doença.
Nutrição e recomendações dietéticas para orientar vida saudável e estabelecer parâmetros nutricionais, são reconhecidas como forma de promover a saúde. Assim também prevenir e tratar doenças. Assim, a dietoterapia tem desempenhado papel fundamental na prevenção e tratamento de úlcera péptica, com o objetivo principal de recuperar e proteger o revestimento gastrointestinal. Isto melhora a digestão, alivia a dor e contribui para estado nutricional satisfatório (Vomero e Colpo, 2014).
USO DE PROBIÓTICOS NAS ÚLCERAS PÉPTICAS
Segundo Vomero e Colpo, 2014, há interesse especial em probióticos para tratamento da infecção por H. pylori, uma vez que desempenha papel crucial na patogênese da gastrite e úlcera péptica.
Os probióticos têm agentes terapêuticos contra H. pylori que pode ser demonstrado por dados clínicos que comprovem a eficácia de alguns probióticos em diversas doenças gastrointestinais e também devido ao aumento da resistência de bactérias patogênicas para antibióticos.
Uma das medidas que podem contribuir para reduzir a taxa de infecção por H. pylori é a modulação da dieta, com a adição de probióticos. No entanto, organismos probióticos não aparecem para a erradicação de H. pylori. Eles têm a capacidade de reduzir a carga bacteriana e infecção em animais e humanos.
Estudos em humanos indicam que os probióticos melhoram um pouco a taxa de eliminação no tratamento contra H. pylori. Sendo útil para diminuir a carga bacteriana e provavelmente melhorar sintomas dispépticos.
APLICAÇÕES CLÍNICAS
A ingestão de bactérias de ácido láctico é recomendada. Assim, o melhor indicador documentado entre as aplicações clínicas dos probióticos é a redução dos efeitos colaterais associados com antibióticos.
De acordo com Cats et al. em estudo de intervenção, 14 pacientes infectados com H. pylori receberam L. acidophilus durante três semanas e mostrou ser capaz de inibir o crescimento de H. pylori em 64% dos voluntários.
Da mesma forma em estudo realizado por Wang et al. com 59 voluntários que receberam Bifidobacterium animalis e L. acidophilus duas vezes por dia durante seis semanas, concluíram que a ingestão regular de iogurte contendo essas bactérias pode efetivamente suprimir a infecção por H. pylori em humanos.
Assim, se faz importante mencionar também, a ingestão de fibras (prebióticos), que atuam como alimento para os probióticos ingeridos, potencializando assim suas ações.
Converse com um profissional de saúde. Busque informações, elas podem salvar vidas.
Seu estilo de vida diz muito sobre você!