Vários alimentos surgem com benefícios ao organismo, muitas vezes relacionados ao câncer e sistema imunológico. Dentro disso, surge o Kefir, uma bebida fermentada que é resultado de “grãos” cultivados que se multiplicam em meio líquido.
É uma bebida importante, num meio com consumo excessivo de gorduras saturadas, sal e açúcar. Assim também, é uma resistência contra essa tendência alimentar que provoca déficit nutricional de ácidos graxos poli-insaturados, proteínas de alto valor, vitaminas e minerais.
Nesse contexto, surge esse probiótico que interfere na microbiota intestinal, ajuda na redução da chance de desenvolvimento de câncer e auxilia na melhora do sistema imunológico. É hora de você conhecer o Kefir.
O QUE É KEFIR E QUAL A SUA REALAÇÃO COM O CÂNCER E SISTEMA IMUNOLÓGICO?
O Kefir se trata de um simbiótico, resultado da combinação de benefícios entre probióticos e prebióticos. É uma bebida refrescante que surge da fermentação de bactérias e leveduras.
É comum ser consumido em regiões como Sudeste Asiático, Rússia e Europa Oriental. Na verdade, sua origem remonta de um local em específico daí, as montanhas do Cáucaso – e do turco vem seu nome, “sentir-se bem”.
No entanto, o poder do Kefir e do mix de microrganismos tem estimulado a doação dos grãos para produção própria. Dessa forma, tem se popularizado mais em outras regiões do mundo, se tornando conhecido seus benefícios.
Afinal, a bebida age na regulação do intestino, o que permite uma microbiota saudável. Nisso, todo o funcionamento do organismo se encontra em estado otimizado, como nosso sistema de defesa.
Assim, se relaciona com o câncer e sistema imunológico ao possuir propriedades antitumorais que aprimoram a defesa do organismo.
Tendo tantas vantagens, não há dúvidas de que você deve adicionar Kefir à sua dieta.
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“KEFIR DE ÁGUA” X KEFIR DE LEITE: CONHECENDO MELHOR OS DOIS
O Tibico também conhecido como “Kefir de água” é uma bebida probiótica feita a base de água, misturada com açúcar mascavo ou água de coco. Ainda pode adquirir um novo aroma com a adição de sucos, chás naturais, extratos e até frutas frescas.
Seus grãos possuem uma composição visual única, com textura e cor reproduzidas em massas transparentes, delicadas e pequenas. Facilmente pode se quebrar em sua mão se o pegar sem cuidado.
Em sua composição, conta com 0,9% de álcool, aproximadamente (após 48 horas de fermentação), e sua biomassa tem potencial de aumento entre 10-160%. Produzindo a matriz de dextrose através do açúcar, vai aumentando e se multiplicando.
Já o Kefir de leite, um iogurte azedinho, é produzido a partir da incubação dos grãos, podendo ser através de leite de vaca. Se alimentando do açúcar do leite, os grãos também aumentam e vão se multiplicando.
Seus grãos são partículas de cor branca ou amarela, que visualmente se parece com pipoca ou couve flor e são bastante pequenas. Além disso, quando fermentados, possuem uma vantagem em relação aos leites comuns: menor presença de lactose.
Como grande parte dela é consumida pelos microrganismos, de forma a permitir seu aumento e multiplicação, o teor da substância acaba sendo bastante reduzido. Depois de 24h, quase não há mais lactose.
INDO MAIS A FUNDO NOS GRÃOS DE LEITE E DE ÁGUA
Para começar, os grãos do Kefir de leite são cultivados na região do Cáucaso, já citado anteriormente, o que corresponde a vários locais: Geórgia, Azerbaijão, Armênia e parte da Rússia.
Dessa forma, acaba tendo as mais variadas definições: planta do iogurte, bacilo do iogurte, lótus de neve, até kin-oko, provando que sua influência alcança até o Japão.
Já o leite usado para sua fermentação pode ser do tipo desnatado, semidesnatado ou integral, mas o recomendado é leite fresco de vaca, fervido previamente. Extratos ou leites vegetais também servem para fermentação.
Quanto aos grãos do “Kefir de água”, são massas mucilaginosas um tanto mais densas e menos elásticas que as de leite. Assim como este, também possui variados nomes conforme local: grãos de cerveja de gengibre, “Ale nuts”, tibicos, abelhas africanas, etc.
Diferente do Kefir de leite, é cultivado em água mineral, pois outros tipos possuem alta dose de cloro ou flúor, o que incapacita a fermentação. No entanto, para ocorrer esse processo, é necessário a presença do açúcar mascavo ou água de coco.
No caso, esse ingrediente acaba assumindo o papel da lactose, “alimentando” os microrganismos para que possam crescer e se multiplicar. Além dos já citados, também pode ser adicionado açúcar orgânico, rapadura ou caldo de cana.
Indo um pouco mais longe, ainda pode ser cultivado com adição de ervas para chá ou suco de limão (até mesmo outras frutas frescas). Dessa forma, adquire um aroma diferenciado e que vai de encontro ao gosto do público.
No entanto, frutas secas também podem ser acrescentadas.
A COMPOSIÇÃO DOS MICRORGANISMOS
Os microrganismos que compõe os grãos de Kefir são leveduras, bactérias ácido lácticas e ácido acéticas das mais diferentes espécies, todas revestidas pela matriz Kefirano. Elas compartilham dos benefícios uma da outra – por isso Kefir é uma bebida simbiótica.
Cada cultura de microrganismo pode ser diferente através da origem do grão, metodologia de fermentação adotada e substratos utilizados. No entanto, acabam tendo uma composição microbiana semelhante.
A diferença ocorre pelo valor nutricional que é adicionado por cada substrato: o Kefir de leite terá certa quantidade de tais nutrientes, enquanto o de água terá de outros. Apesar disso, os benefícios permanecem bem semelhantes.
O mesmo pode ser dito do processo de elaboração do Kefir.
O PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO KEFIR DE LEITE E DO “KEFIR DE ÁGUA”
Como dito antes, o processo de elaboração apresenta mais semelhanças que diferenças, sendo estas últimas bem pontuais. Para começar, ambos precisam ser colocados em recipientes de vidro, abertos (esterilizados) e bem secos, junto do seu substrato.
Para iniciar o processo de fermentação, deve ser adicionado de 1 a 2 colheres (sopa) dos grãos a cada 500 ml de substrato. Após isso, o recipiente é coberto com pano limpo ou gaze, sendo atado com um elástico.
Dessa forma, permite-se a circulação de oxigênio para a fermentação, ao mesmo tempo que previne a contaminação por insetos.
O processo de fermentação leva de 24 a 48 horas, em temperatura ambiente, variando conforme gosto do produtor. Quantidade, tempo do processo e variação da temperatura acaba tendo impacto no gosto e consistência.
Após isso, os grãos devem são preparados em peneiras, com a bebida obtida disso sendo armazenada em outro recipiente. Colocada na geladeira por 24 horas, ocorre maturação. Já os grãos coados são retornados para os substratos, de forma a ocorrerem novos processos.
E quais as diferenças pontuais? Está no crescimento de cada: os de água crescem em 30%, aproximadamente, a cada dia de fermentação, enquanto os de leite demoram até 1 mês para apenas dobrarem de tamanho.
No entanto, os de leite apresentam maior regularidade e constância em sua multiplicação, enquanto os de água variam entre 10-160% em 48 horas.
Por fim, o “Kefir de água” apresenta maior nível de álcool na produção, devido a adição de açúcar.
OS BENEFÍCIOS DO KEFIR PARA O ORGANISMO – CÂNCER E SISTEMA IMUNOLÓGICO
Como já dito, apesar de certas diferenças, os dois Kefir’s apresentam os mesmos benefícios para o organismo, principalmente na relação do câncer e sistema imunológico.
No entanto, ainda há mais por abordar, como foi definido pela própria Organização Mundial da Saúde. Através da ingestão do Kefir, se tem:
- Estabilidade da microbiota intestinal;
- Resistência gastrointestinal contra bactérias ruins;
- Proteção do organismo contra infecções;
- Melhora do intestino preso;
- Controle da pressão arterial;
- Auxilio no funcionamento do sistema imunológico;
- Ação preventiva contra câncer;
- Absorção maior de vitaminas e minerais;
- Aprimoramento da saúde urinária e genital feminina.
Dessa forma, além de sua relação positiva entre o câncer e sistema imunológico, se tem vários outros benefícios tangíveis. E a melhor parte? Se trata de uma bebida saborosa para tomar.