Já escrevemos bastante sobre a definição de probióticos, seus benefícios, entre outros.
Falamos também que a ingestão de probióticos precisa ser regular, bem como que é importante o consumidor saber a quantidade em UFC (Unidade Formadora de Colônia) existente no produto.
Contudo, especialistas também indicam que tão importante quanto a quantidade, é a diversidade de microrganismos existentes no produto consumido.
Que tal falarmos um pouco sobre esta questão?
MICROBIOTA INTESTINAL
Em nosso intestino existem 100 trilhões de microrganismos.
100.000.000.000.000
São mais ou menos 1.500 vezes o número de seres humanos vivendo no planeta, tudo isso espremido dentro da nossa barriga.
Esses 100 trilhões de microrganismos são formados por cerca de 2.000 espécies diferentes, entre as quais estão incontáveis cepas distintas, todas com um arsenal específico de habilidades genéticas.
SIM!!! ESSES MICRORGANISMOS SÃO NA MAIOR PARTE SEUS “AMIGOS”.
Esses microrganismos amigos são responsáveis por manter o equilíbrio da nossa microbiota. Sendo assim, eles travam batalhas com microrganismos do mau. Lutam por espaço. Competem por nutrientes, desenvolvendo uma cauda para se proliferarem até territórios mais lucrativos.
ALIMENTOS PROBIÓTICOS E MICROBIOTA INTESTINAL
Imagine acrescentar um potinho de iogurte a essa batalha.
Imaginou?
Pense que esse potinho de iogurte carrega um pequeno bando de turistas, nadando em meio ao leite e ao açúcar do iogurte que lhe servem de veículo – talvez uns 10 bilhões deles, em busca de um local onde se instalar. Pode parecer uma multidão, mas são quatro zeros a menos que a multidão já instalada.
Um exército nada impressionante para um campo de batalha desse tamanho. Como filhotes de tartaruga se aventurando no vasto oceano pela primeira vez, muitos serão provavelmente destruídos aos primeiros salpicos de liberdade fora de sua garrafinha de plástico.
Para aqueles que alcançam o intestino – algo com certeza possível – , o desafio é se estabelecer e encontrar meios para sobreviver – algo difícil num território já lotado e nada acolhedor.
Além da inferioridade numérica, o conjunto de habilidades desses bravos turistas é pequeno. TODOS PERTENCEM À MESMA CEPA DE BACTÉRIA. Sendo assim, possuem os mesmos genes e, portanto, os mesmos recursos. Em comparação com as mais de 2 mil espécies presentes no intestino e os mais de 2 milhões de genes que carregam, os turistas, probióticos ou não, têm um repertório bem limitado de truques sob a manga. Ao final, a influência que podem exercer sobre a saúde de seu hospedeiro – nós! – importa tanto quanto qualquer outro obstáculo em sua jornada para trazer o benefício implícito em seu título de probiótico.
Os turistas que conseguem se estabelecer por tempo e em número suficiente para fazer algum efeito têm a oferecer.
Leia também: KEFIR E IOGURTE – SAIBA A DIFERENÇA.
FIQUE LIGADO!!!
Não só iogurtes, mas as cápsulas, barras, pós bem como os líquidos que contêm microrganismos vivos, é importante ficar atento não só à quantidade, como também se eles possuem mais de uma espécie.
QUANTIDADE E DIVERSIDADE ASSOCIADAS AO CONSUMO DE PREBIÓTICOS
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), estabelece que a quantidade mínima viável para os probióticos deve estar situada na faixa de 10^8 a 10^9 Unidades Formadoras de Colônias (UFC) na recomendação diária do produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante. Valores menores podem ser aceitos, desde que a empresa comprove sua eficácia.
Pesquisadores ainda acrescentam que quanto mais cepas de bactérias existirem no alimento que você ingere, melhor.
Quando eles usam a palavra mais, estão se referindo à diversidade.
Eles completam o raciocínio afirmando que, produtos compostos de apenas uma cepa são menos efetivos. Ninguém sabe ao certo quantas cepas correspondem ao número ideal, mas os pesquisadores têm certeza de que “mais é melhor” quando o assunto é probióticos.
A diversidade aumenta o arsenal de truques para a batalha por nutrientes e por espaço em nossa microbiota.
Os probióticos são um bálsamo e passam por nós – mas não permanecem muito tempo. Para extrair seus benefícios, nós precisamos tomá-los repetidamente. E ainda que tomemos todos os dias, acrescentar apenas probióticos à dieta é como enviar um soldado de infantaria à guerra sem munições.
Para um efeito persistente, precisamos oferecer aos microrganismos benéficos um ambiente onde eles possam crescer, dia após dia, sem necessidade de uma intervenção externa para aumentar sua população. Sendo assim, precisamos ingerir também os prebióticos. Alimentos para nossas bactérias benéficas. Eles estimulam a expansão de populações inteiras das cepas mais saudáveis.
PONHA SUA MICROBIOTA EM PRIMEIRO LUGAR E O RESTO VIRÁ NATURALMENTE!