
Probióticos na Gestação
A gravidez é um dos períodos mais importantes na fase da vida de uma mulher, onde ocorrem intensas alterações biológicas, onde o corpo precisa se adequar para nutrir um novo ser. A microbiota feminina também passa por mudanças: eleva-se a proliferação de Lactobacillus no intestino e as bifidobactérias, microrganismos presentes na microflora intestinal, começam a colonizar as glândulas mamárias.
Embora não se consiga ainda afirmar a existência microbiana dentro do útero, cogita-se que o ambiente intrauterino não seja de todo estéril. Isso porque foi notada a precoce colonização de microrganismos pelo feto, o que pode ser proveniente da microbiota materna. Dessa forma, mãe e filho costumam compartilhar da mesma microbiota por meio da placenta. Logo, percebemos a importância da manutenção probiótica, sobretudo durante a gestação. Nessa perspectiva, enquadra-se o estudo desenvolvido em 2010 pelo Departamento de Bioquímica e Química de Alimentos da Universidade de Turku, na Finlândia, no qual o emprego de probióticos durante a gestação foi comprovado, demonstrando sua segurança e eficácia.
O estudo foi randomizado duplo-cego e controlado, gestantes participando em dois grupos: Grupo A – recebeu os probióticos com Lactobacillus rhamnosus e bifidobactérias; Grupo B – recebeu apenas placebo. As mulheres do Grupo A tiveram uma menor propensão ao desenvolvimento de Diabetes Mellitus Gestacional (DMG), reduzindo, dessa forma, o risco dos bebês nascerem muito grandes ou obesos. Barret et al. (2018) ampliaram ainda mais esse horizonte sugerindo a utilização dos probióticos antes mesmo da gravidez até o pós-parto. A saúde do bebê ainda é beneficiada, uma vez que se reduzem as chances de certas disfunções do organismo, como as alergias ou os problemas no trato gastrointestinal que podem vir a ser doenças recorrentes durante algumas fases da vida.
Fonte de probióticos são os alimentos fermentados, destacando-se o Kefir e a Kombucha, uma dupla que casa perfeitamente bem para para fortalecer o sistema imunológico da mamãe e do bebê que está em formação.
REFERÊNCIA
BARRET, J. et al. Efeitos do L casei Shirota na SII. Supersaudável, São Paulo, ano XVIII, n. 78, p. 22- 25, abril\ junho, 2018.