Refluxo – você sabia que para muitas pessoas este problema não se inicia no estômago, mas sim no intestino?
Vamos tentar entender?
Então vamos nessa!
Mas antes…
O QUE É REFLUXO?
Segundo a Biblioteca Virtual em Saúde (SBV), refluxo gastroesofágico (REG) é o retorno involuntário e repetitivo do conteúdo do estômago para o esôfago.
Os alimentos mastigados na boca passam pela faringe, pelo esôfago (um tubo que desce pelo tórax na frente da coluna vertebral) e caem no estômago, situado no abdômen. Entre o esôfago e o estômago, existe uma válvula que se abre para dar passagem aos alimentos. Esta válvula também se fecha imediatamente para impedir que o suco gástrico penetre no esôfago, pois a mucosa que o reveste não está preparada para receber uma substância tão irritante.
PRINCIPAIS CAUSAS
Conforme a PhD Andreia Torres, em crianças são a imaturidade do esfíncter esofagiano e a hipotonia muscular as causas comuns para o refluxo. O uso frequente de antibióticos também vem sendo associado ao problema.
Nos adultos as principais causas incluem a obesidade, alergias alimentares não tratadas, tabagismo e hérnia hiatal. Assim também hipermeabilidade intestinal, altos níveis de estresse e circulação sanguínea deficiente. Além disso, o uso frequente de drogas tais quais anti-inflamatórios não esteroidais, aspirina, esteróides, pílulas anticoncepcionais e medicamentos contendo nicotina também aumentam o risco de refluxo.
EQUILÍBRIO INTESTINAL E REFLUXO
O desequilíbrio intestinal, também conhecido como disbiose, gera inflamações e reações de autoimunidade que acabam contribuindo para vários danos no organismo, inclusive danos no esôfago.
Sendo assim, dieta saudável, com mais fibras (prebióticos) e uso de probióticos são estratégias recomendadas. Outras mudanças no estilo de vida podem ser necessárias. Dentre elas a perda de peso, a abstenção de cafeína e álcool e a dieta livre de alimentos ultra processados.
Além disso, é de suma importância ficar atento para o consumo crônico de medicamentos. Alguns medicamentos deterioram ainda mais a microbiota intestinal, aumentando o risco de infecções por bactérias como Clostridium difficile.
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O uso de prebióticos e probióticos tem sido apresentado com o apelo de melhorar a imunidade e diminuir os distúrbios gastrointestinais. Entre os gastrointestinais estão a alergia alimentar e os distúrbios de motilidade, como refluxo gastroesofágico e constipação. No entanto, mais estudos precisam ser direcionados para que corroboram com este apelo.
Faça a sua parte, observe seu comportamento alimentar, tente se alimentar melhor na correria do dia a dia. Mantenha o equilíbrio intestinal, o resto virá naturalmente.