Que tal entender qual a influencia da microbiota no desenvolvimento do câncer cervical?
Então vamos nessa!
O QUE É O CÂNCER CERVICAL?
Câncer cervical ou câncer do colo do útero é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano – HPV (chamados de tipos oncogênicos). A infecção genital por esse vírus é muito frequente e não causa doença na maioria das vezes. Entretanto, em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer, sendo o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina (atrás do câncer de mama e do colorretal), e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.
A MICROBIOTA DO COLO UTERINO
A microbiota do colo uterino não somente se altera na presença do vírus do papiloma humano. Mas também na presença de determinadas espécies bacterianas que podem favorecer o contágio do vírus. E, em consequência, a progressão do câncer de colo uterino. Esse tipo de câncer afeta desproporcionalmente a África subsaariana. Onde 9% da população feminina do mundo com mais de 15 anos representa 14% da incidência mundial de câncer do útero assim também 18% das mortes relacionadas ao câncer do colo de útero.
Em um estudo realizado com mulheres da Tanzânia, que tem uma das maiores taxas de mortalidade por câncer cervical do mundo, pesquisadores relataram que as mulheres HPV positivas apresentaram maior número de microrganismos do tipo Bacteroides e Fusobacterias. Em contrapartida menor presença de Actinobacterias. Isto demonstra uma estreita relação entre tipos de microrganismo e as lesões cancerígenas. Embora não signifique que as bactérias participem de forma direta no desenvolvimento da neoplasia. Contudo, poderiam promover a inflamação do tecido cervical, um fato que favorece a infecção por HPV. Mulheres participantes da pesquisa que tinham HIV também mostram maior alteração do microbiota cervical.
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MICROBIOTA E OUTROS TIPOS DE CÂNCER
Essa relação tem sido observada em outros tipos de câncer. Como em amostras de fezes de pacientes diagnosticados com câncer de cólon onde bactérias como Fusobacterium foram implicadas no desenvolvimento deste tipo de câncer. O que acontece é que tais bactérias geram disbiose intestinal e, como consequência, inflamação e proliferação de células cancerígenas. Por outro lado, bactérias como Bifidobacterium, protegem frente ao desenvolvimento de câncer por meio da estimulação da atividade imunológica (células T e macrófagos). Além disso parecem ter capacidade de reduzir o crescimento do tumor.
Ainda são desconhecidos muitos aspectos sobre a relação entre o microbioma e o câncer. Assim, são necessários muitos estudos que nos façam compreender melhor esse processo. Baseado nas interações complexas entre as respostas imunológicas do hóspede com a microbiota e o efeito dos fatores ambientais bem como genéticos sobre estas interações.
Enquanto isso, o que devemos fazer preventivamente e prioritariamente é UTILIZAR prebióticos e probióticos. Eles podem modificar nossa microbiota e evitar a evolução do câncer ou potencializar o seu tratamento (oncobióticos). A manipulação da microbiota intestinal mediante a modificação da dieta, incluindo os prebióticos e probióticos parece ser a forma mais efetiva e econômica de se reduzir o risco de câncer.
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REFERÊNCIAS: