Que tal entendermos um pouco sobre a intolerância à lactose e como andam os estudos sobre a utilização de probióticos em relação a isto?
Então vamos nessa!
O QUE É INTOLERÂNCIA À LACTOSE?
Segundo o Ministério da Saúde, é a incapacidade de digerir a lactose (açúcar do leite). O problema é resultado da deficiência ou ausência de uma enzima intestinal chamada lactase. Assim sendo, esta enzima possibilita decompor o açúcar do leite em carboidratos mais simples, para a sua melhor absorção.
Como consequência, essa substância chega ao intestino grosso inalterada. Assim, ela se acumula e é fermentada por bactérias que fabricam ácido lático e gases, promovem maior retenção de água e o aparecimento de diarreias e cólicas.
PROBIÓTICOS COMO ALTERNATIVA NO COMBATE À INTOLERÂNCIA À LACTOSE
O tratamento convencional envolve a retirada total ou parcial do leite e seus derivados e a suplementação com cálcio. Entretanto, estudos recentes têm demonstrado que o uso de probióticos pode gerar uma melhoria efetiva da qualidade de vida dos portadores.
Especificamente, os probióticos são microrganismos vivos, que quando ingeridos de maneira regular, conferem benefícios à saúde do hospedeiro, por serem capazes de influenciar a microbiota intestinal humana. Além do fato de produzirem efeitos antagônicos aos patógenos, competição por adesão à mucosa e efeitos imunológicos sobre o organismo.
Assim sendo, são benéficos à saúde humana, pois aliviam e ajudam aqueles que são intolerantes à lactose. Esses têm como mecanismo de ação a diminuição na concentração da lactose em produtos fermentados; a maior atividade da lactase em preparações bacterianas que são usadas na fabricação dos produtos. Assim também, a maior atividade da enzima lactase que chega ao intestino delgado junto com o produto fermentado ou dentre as bactérias viáveis capazes de sobreviver à acidez e à bile (PIMENTEL, 2011).
O principal fator de melhoria da digestibilidade é a presença da enzima lactase bacteriana. Esta pode ser detectada no duodeno e íleo terminal após o consumo de iogurtes probióticos. Sendo essa capaz de realizar a hidrólise da lactose, principalmente no íleo terminal. O menor esvaziamento gástrico proporcionado por produtos lácteos semissólidos é outro fator que influencia a digestão da lactose, como ocorre no caso de consumo de iogurte (ANTUNES et al., 2007; BARBOSA et al., 2011; PIMENTEL, 2011).
As culturas mais empregadas como probióticos pertencem aos gêneros Lactobacillus e Bifidobacterium.
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APLICAÇÃO DOS PROBIÓTICOS EM ALIMENTOS
O uso de suplementação probiótica na dieta humana contendo diversas combinações de microrganismos vem sendo comercializado tanto na forma alimentar:
- Leite;
- Leites acidófilos;
- Iogurtes;
- Coalhadas;
- Queijos.
Assim também na forma de preparações farmacêuticas:
- Pó;
- Capsuladas.
Para alguns microrganismos específicos, como é o caso da levedura Saccharomyces boulardii, do Lactobacillus GG bem como o recente L. casei shirota. Além disso, a vantagem das cápsulas em relação aos produtos alimentares está na viabilidade mais duradoura quando mantida em temperatura ambiente (BARBOSA et al., 2011).
Em relação aos alimentos, a bactéria do gênero Lactobacillus recebe o mérito de bons resultados com seu emprego na alimentação, dos quais se assinalam: a capacidade de fermentar açúcares que formam ácido lático abundantemente; assim também, a sua qualidade termodúrica, tornando-a resistente a tratamentos térmicos mais baixos; além disso, formação de ácido lático, eliminando seus substratos, microrganismos competitivos; e por fim sua capacidade de formar substâncias voláteis (bactérias heterofermentativas) alteram valores sensoriais de alguns alimentos e sua incapacidade de sintetizar a maioria das vitaminas exigidas, impedindo seu crescimento em meios carentes desses nutrientes (STEFE, 2009).
POPULARIZAÇÃO DOS PROBIÓTICOS
Com a popularização dos benefícios dos probióticos vêm sendo desenvolvidas cada vez mais opções de produtos para aumentar a gama de consumidores, dentre eles podem-se citar o iogurte e o leite fermentado elaborado com culturas ativas de bactérias láticas que fermentam o leite, metabolizando parte da lactose presente a ácido lático, os queijos por serem capazes de protegerem às bactérias probióticas contra a ação do oxigênio, baixo pH e sais biliares, durante a sua passagem pelo trato gastrintestinal, sobremesas congeladas como o sorvete, que apesar de causar inibição do desenvolvimento e redução do número de microrganismos, as baixas temperaturas asseguram uma maior taxa de sobrevivência dos probióticos e consequentemente um maior tempo de armazenamento além dos produtos isentos de lactose a base de ingredientes provenientes principalmente da soja (KOMATSU; BURITI; SAAD, 2008).
OUTROS PRODUTOS PROBIÓTICOS
Não somente laticínios vários outros produtos vêm sendo estudados quanto a sua capacidade de associá-los aos microrganismos probióticos, incluindo maionese, carnes, alimentos infantis, produtos de confeitaria, patês, extratos de sementes vegetais, suco de pepino e produtos de peixe, levando em consideração a seleção de cepas probióticas apropriadas para cada tipo de produto, a fim de produzir o efeito desejado e manter a viabilidade durante o tempo de armazenamento (CHAMPAGNE; GARDNER; ROY, 2005).
Além disso, podemos citar também o Kefir, alimento fermentado que vem ganhando espaço quando se fala em qualidade de vida. Originalmente o Kefir é um produto fermentado em leite de cabra. Contudo, já existe Kefir à base de sucos de frutas.
Assim sendo, a intolerância à lactose pode ser combatida quando você equilibra sua alimentação!
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REFERÊNCIAS: