Já ouviu em enterocolite necrosante? Sabe como os probióticos podem ajudar?
Que tal tentarmos entender?
Então vamos nessa!
O QUE É ENTEROCOLITE NECROSANTE?
A enterocolite necrosante (NEC) é a doença grave mais comum do trato gastrointestinal em prematuros (cerca de 90% dos casos). A mesma é caracterizada pela inflamação em porções do intestino. Assim, esta inflamação causa necrose (morte das células).
A ocorrência de NEC está inversamente relacionada com a idade gestacional ao nascimento, devido à imaturidade intestinal fisiológica de neonatos prematuros. Portanto, por sabermos que os probióticos são um grupo de organismos capazes de melhorar este quadro clínico, a sua utilização em pediatria tem sido estudada para combater a progressão dessa e de inúmeras outras doenças.
USO DE PROBIÓTICOS COMO AUXÍLIO NO COMBATE À ENTEROCOLITE NECROSANTE
Os probióticos mais utilizados na intervenção de NEC são os Lactobacillus e os Bifidobacterium. Existe um interesse crescente pelos potenciais benefícios para a saúde da colonização proativa do trato gastrointestinal de recém-nascidos prematuros.
Os mecanismos potenciais pelos quais os probióticos podem proteger os bebês de alto risco de desenvolver NEC ou sepse, ou ambos, incluem uma barreira aumentada para bactérias de migração e seus produtos através da mucosa. Assim também exclusão competitiva de potenciais agentes patogênicos, modificação da resposta do hospedeiro aos produtos microbianos, aumento das respostas das mucosas da imunoglobulina A (IGA). Além disso, aumento da nutrição enteral que inibe o crescimento de agentes patogênicos e elevação da regulação das respostas imunes.
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EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS
Com o objetivo de avaliar as melhores evidências disponíveis na literatura para elucidar os benefícios do uso de probióticos na prevenção de enterocolite necrosante (NEC) e de suas complicações em recém-nascidos prematuros, Bernardo et al., realizou uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados, que incluiu pesquisas efetuadas em três bases de dados (MEDLINE, EMBASE e LILACS).
O conjunto de resultados mostrou, com dados consistentes, que a administração entérica de probióticos reduziu a incidência de casos graves de NEC, mortalidade e sepse, bem como apresentando um tempo menor até a reintrodução de alimentação oral e permanência de internação mais curta. Embora os números necessários para tratar em relação à profilaxia NEC (NNT = 25) e mortalidade (NNT = 34) foram relativamente altos, estes podem ser contrabalançados pela alta incidência de partos prematuros, especialmente em países com problemas socioeconômicos e culturais, e também pelo fácil manuseio e baixos custos relacionados aos probióticos. Dessa forma, com base nos dados disponíveis, pode-se inferir que os probióticos são outra ferramenta útil na prática clínica pediátrica. Algumas revisões sobre o assunto foram publicadas nos últimos anos. De forma semelhante ao presente estudo, mostraram os benefícios da suplementação probiótica.
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REFERÊNCIAS: