Um grande flagelo das nossas sociedades, a obesidade na atualidade afeta hoje todas as populações. Quaisquer que sejam as categorias sociais ela impacta as diferentes áreas da vida das pessoas que sofrem com frequência.
Seus riscos para a saúde não são desprezíveis. O que é obesidade? Quais são suas causas e consequências? Como tratar isso?
O QUE É OBESIDADE NA ATUALIDADE?
A obesidade na atualidade foi definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um “acúmulo de tecido adiposo com consequências adversas à saúde”.
Assim também, a OMS revela alguns dados eloquentes sobre a obesidade no mundo:
- O número de pessoas obesas dobrou desde 1980;
- Em 2014, 600 milhões de adultos eram obesos, atualmente o número é bem maior.
Nenhum país é poupado. De fato, essa patologia afeta tanto os países industrializados quanto os países em desenvolvimento. Hoje, na maioria dos estados do mundo, o excesso de peso e a obesidade causam mais mortes do que abaixo do peso.
Sendo assim, esta evolução primeiro deu-lhe o título de epidemia, atualmente estamos falando de uma pandemia.
COMO A OBESIDADE É MEDIDA?
O IMC (Índice de Massa Corporal) é um dos fatores de diagnóstico da obesidade, mas não é o único. O IMC é calculado pela fórmula:
IMC = peso (kg)/altura2 (m)
A desvantagem do IMC é que ele não leva em conta todos os fatores como massa muscular (não válida para atletas) ou retenção solúvel em água.
A circunferência da cintura também ajuda a avaliar a obesidade. Dessa maneira, a circunferência da cintura permite definir se a obesidade é bastante ginoide, androide ou mista.
O excesso de tecido adiposo periscisceral (preso a órgãos vitais), chamado obesidade abdominal, deve ser cuidadosamente seguido.
Na verdade, está frequentemente associada à resistência à insulina (diabetes tipo 2) e leva a um aumento do risco de doenças metabólicas e/ou cardiovasculares.
QUAIS PODEM SER AS CAUSAS DA OBESIDADE NA ATUALIDADE?
A obesidade na atualidade é uma patologia complexa cujos fatores são numerosos.
O fator desencadeante resulta em um desequilíbrio no balanço de energia. As contribuições são excessivas em comparação com as despesas incorridas.
É um mecanismo eficaz durante o período de desenvolvimento da obesidade. Segue-se uma fase de estabilização durante a qual o peso cessa de aumentar, depois, eventualmente, uma fase de regressão, mas esta última raramente é espontânea.
ALIMENTAÇÃO E ESTILO DE VIDA
Socialmente, os hábitos alimentares mudaram muito nos últimos anos devido à maior disponibilidade de alimentos e a uma mudança em sua composição, que é responsável pelo aumento da densidade energética dos produtos oferecidos pela indústria de alimentos (mais alto teor de gordura e açúcares simples).
Ao mesmo tempo, os hábitos de vida também evoluíram devido, entre outras coisas, ao desenvolvimento de meios modernos de transporte e atividades de lazer, encorajando uma diminuição na atividade física e um aumento no estilo de vida sedentário.
Além disso, as gerações atuais perderam muito conhecimento sobre o equilíbrio alimentar e nutricional.
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ESTRESSE
Estilos de vida envolvendo estresse significativo também promovem ganho de peso. Contudo, o processo fisiológico responsável por esse fenômeno ainda não está bem explicado.
Essas causas sociais explicam o desequilíbrio energético, no entanto, isso não justifica a desigualdade existente entre os indivíduos frente ao ganho de peso.
HEREDITARIEDADE
Hereditariedade é um fator importante. 70% das pessoas obesas têm pelo menos um dos pais com obesidade, o que indica uma predisposição familiar significativa.
Além disso, as diferenças de peso entre gêmeos idênticos são muito pequenas durante sua vida, independentemente de suas diferenças na dieta e nas condições de vida.
Alguns estudos destacaram a presença de genes comuns em pessoas com essa patologia. Estes intervêm em diferentes níveis, como a gestão do limiar de armazenamento de nutrientes.
Existe, portanto, uma predisposição genética que torna alguns indivíduos mais sensíveis a um desequilíbrio no estado nutricional.
FATORES BIOLÓGICOS
Certos fatores biológicos também devem ser levados em conta, tais como alterações hormonais (gravidez, menopausa), certos distúrbios endócrinos (hipotireoidismo) bem como a tomada de certos tratamentos médicos (especialmente hormonais).
Recentemente, a pesquisa está se movendo em direção ao envolvimento da microbiota intestinal em certos mecanismos responsáveis pelo desenvolvimento da obesidade. Contudo, as práticas terapêuticas também estão sendo estudadas.
A CAUSA PSICOLÓGICA
Por último, mas não menos importante, a saúde psicológica do paciente desempenha um papel importante no processo de ganho de peso. Comer demais, bulimia bem como outros transtornos alimentares estão implicados. De fato, embora pouco seja levado em conta hoje no tratamento da obesidade na atualidade, os distúrbios psicológicos não são desprezíveis.